Juntamente com 27 outras associações cívicas e ambientais, denunciamos a falta de participação efetiva e de transparência do processo de elaboração do Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela. Em vez de um plano que restaure a Natureza perdida nos incêndios, aumentando a resiliência a catástrofes naturais futuras, tudo indica que os 155 milhões de euros anunciados este mês pelo Conselho de Ministros para este programa serão gastos em mega-infraestruturas.

 

Na carta aberta conjunta, manifestamos o nosso receio de que o Programa não esteja realmente centrado na urgência de revitalização da paisagem destruída pelos incêndios, e que em lugar de um plano resiliente com visão a longo prazo, Governo e municípios tencionem gastar o dinheiro público em projetos avulsos.

 

Contrariamente ao que tinha sido anunciado pela Ministra Ana Abrunhosa, que prometera um plano que partisse do território, envolvendo as entidades e populações locais, o processo de definição e aprovação deste Programa foi pautado pela falta de transparência de tal forma que impossibilitou a sua avaliação e discussão pública atempada, impedindo, na prática, que a sociedade civil pudesse colaborar na elaboração de uma estratégia conjunta para a Serra da Estrela.

 

Essas preocupações comuns e a vontade de contribuir para uma regeneração efetiva da maior área protegida do país, levaram-nos a assinar esta carta aberta e, juntamente com as restantes organizações envolvidas, a solicitar uma audiência, com carácter urgente, ao Ministério da Coesão Territorial e à Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

 

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Carta aberta