A águia-caçadeira já foi relativamente abundante no nosso país, mas encontra-se em declínio acentuado, sendo necessárias medidas urgentes de proteção para evitar a sua extinção. É uma espécie estival, que regressa a Portugal na primavera para nidificar, partindo novamente no outono.
Onde vive
Prefere áreas predominantemente abertas, com vegetação herbácea ou matos baixos.
Distribui-se pelas serras do Centro e Norte, procurando matos de urze, tojo ou carqueja, searas de centeio ou pastagens de montanha. Nas planícies alentejanas nidifica sobretudo em searas de aveia ou trigo.
Reprodução
Nidifica no solo, em vegetação alta, de forma isolada ou em pequenas colónias. As posturas decorrem em abril/maio e são compostas por 4 ou 5 ovos.
Ameaças
As principais ameaças a esta espécie são:
- Perda e degradação de habitat (devido à conversão de áreas de cereal em pastagens ou culturas permanentes (vinhas, olivais, amendoais, etc.), à construção de parques eólicos e centrais fotovoltaicas e à intensificação agrícola), que diminui o alimento disponível para a águia-caçadeira
- Insucesso reprodutor: destruição de ninhos pela atividade agrícola precoce (corte de fenos), mortalidade elevada de crias devido a predação por outras aves ou mamíferos e devido a ondas de calor
- Mortalidade por colisão em parques eólicos e linhas elétricas
- Perseguição humana, seja em território de reprodução ou nos locais de migração e invernada