Nome Científico

Também conhecida como toutinegra-dos-açores ou touto-vinagreiro (Açores), toutinegra (Madeira)

Estatuto de Conservação Pouco preocupante

Tamanho Comprimento: 13,5-15cm
Envergadura de asas: 20-23cm
Peso: 21g

Alimentação Insetos e bagas

Onde e quando observar Bosques, parques e jardins com muitas árvores e arbustos.
Todo o país, incluindo Açores e Madeira.

Todo o ano nos Açores e na Madeira.
Na primavera-verão é mais comum no norte de Portugal continental. No outono-inverno, às toutinegras-de-barrete residentes no sul do país juntam-se aves da Europa Ocidental e Central que aqui passam o inverno.

Aves semelhantes Toutinegra-dos-valados, toutinegra-das-figueiras

O canto harmonioso da toutinegra-de-barrete faz parte da banda sonora de muitos bosques e jardins. Esta ave acinzentada distingue-se pelo barrete que lhe dá o nome, e que lhe cobre apenas a parte de cima da cabeça, não passando do olho. O barrete dos machos adultos é preto, enquanto o dos juvenis e fêmeas é castanho-arruivado.

 

Som

A toutinegra-de-barrete tem um canto harmonioso e agradável, que começa com um chilreio hesitante e se torna aflautado e melodioso. Já os seus chamamentos fazem lembrar o bater de teclas de uma máquina de escrever.

 

Canto

 

Chamamento

Identificação

Esta ave pequena mas robusta tem as partes superiores cinzento-pardas e as partes inferiores de um cinzento-azeitona-claro, mas a característica que mais facilmente permite identificá-la é o barrete: preto nos machos adultos, castanho-arruivado nas fêmeas e juvenis. Este barrete é pequeno, cobrindo apenas o topo da cabeça: não passa da parte superior do olho. As suas patas e bico são cinzentos.

 

 

Agustín Povedano (CC BY-NC-SA 2.0)
Alberto Garcia (CC BY-NC-SA 2.0)
Hennie Cuper (CC BY-NC 2.0)
Agustín Povedano (CC BY-NC-SA 2.0)
Matthias Neuhaus(CC BY-NC-SA 2.0)

Toutinegra-de-barrete em Portugal

No nosso país ocorrem várias subespécies de toutinegra-de-barrete. Algumas toutinegras da subespécie atricapilla vêm a Portugal continental passar o inverno, vindas da Europa Ocidental e Central, enquanto outras apenas por aqui passam a caminho de e para os territórios de invernada em África. Nos Açores, as toutinegras-de-barrete são residentes, e pertencem à subespécie gularis (que também ocorre em Cabo Verde). Já as da subespécie heineken vivem durante todo o ano tanto em Portugal continental como na Madeira e nas Canárias.

 

Lenda madeirense

A subespécie de toutinegra-de-barrete que ocorre na Madeira tem alguma propensão para o melanismo: condição em que o corpo do animal produz mais melanina, o pigmento responsável pelo tom preto da pele, pêlo ou, no caso das toutinegras, das penas. As toutinegras-de-barrete melânicas são mais escuras, e o preto do barrete estende-se pela cabeça abaixo, deixando de ter limites tão bem definidos. Na Madeira, segundo uma lenda popular, dizia-se que quando a toutinegra tem uma postura de 5 ovos, o quinto ovo a ser posto dá origem a um individuo melânico.