Hoje, Dia Mundial da Floresta, queremos partilhar consigo a história das aves dos Açores que estão a ajudar-nos a preservar a floresta Laurissilva. Inspirados por esta história, queremos convidá-lo a ajudar-nos também, lembrando-se da SPEA no seu IRS.

 

Após anos de trabalho, as plantas nativas da Laurissilva estão a ser propagadas não só pelos nossos técnicos mas também pelas aves, e estamos a aprender com isso. Tarso Costa, Técnico de Conservação na SPEA, explica: “Nos chamou a atenção a regeneração do Sanguinho: encontrámos muitas plantas desta espécie a crescer em locais em que não há indivíduos adultos produzindo sementes. Isso mostra um ciclo positivo: o sanguinho que plantamos noutros locais está realmente a servir de alimento às aves como o priolo, como era nosso objetivo; e as aves por sua vez estão a dispersar as sementes, trazendo sanguinho para novas áreas.”

 

Quando aves como o priolo se alimentam das bagas vermelhas do sanguinho, e depois voam para outro local, podem acabar por defecar as sementes longe da planta “mãe”. Mas essas sementes só irão germinar se tiverem espaço para crescer. É neste ponto que se torna evidente o impacto de uma das maiores ações de restauro ecológico alguma vez realizadas nos Açores.

 

priolo no meio da vegetação da Laurissilva

© Rui Teixeira/SPEA

Rui Teixeira/SPEA

 

De 2015 a 2018, no âmbito do projeto LIFE+ Terras do Priolo, os nossos técnicos removeram plantas invasoras, estabilizaram taludes, e plantaram espécies nativas em 24ha de área na Zona de Proteção Especial Pico da Vara/Ribeira do Guilherme, em São Miguel,  para restaurar a floresta Laurissilva desde os 300m até aos 900m de altitude. Assim, criámos as condições para que as sementes agora levadas pelas aves possam germinar.

 

Ao restaurar esse ecossistema, nós criámos uma floresta saudável”, diz Tarso Costa. “É um orgulho ver que as aves estão naturalmente dispersando sementes — e elas nos ensinaram que o sanguinho pode nos ajudar no maior desafio do restauro ecológico nos Açores, que é manter as áreas livres de plantas invasoras”.

 

Isto porque as plantas invasoras são, por definição, plantas que se propagam com muita facilidade, ocupando rapidamente o terreno disponível. O facto de o sanguinho conseguir — com a ajuda das aves — propagar-se para novos locais implica que esta espécie nativa tem muito potencial para preencher os espaços que ficam disponíveis quando se removem plantas invasoras, ocupando-as e permitindo que o ecossistema nativo da Laurissilva se restabeleça sem que haja nova invasão.

 

Com este novo conhecimento, poderemos, no futuro, encontrar novas formas para usar o sanguinho e as aves como aliados estratégicos na proteção da Laurissilva. E você pode ajudar-nos. Basta um gesto simples, rápido e grátis: a consignação do IRS. Se consignar o IRS à SPEA, 1% do imposto que iria para o Estado vai antes para apoiar o nosso trabalho de proteção da Natureza.

 

chapim-de-poupa, com o texto Consigne 1% do seu IRS, sem perder nada

 

Siga o exemplo das aves dos Açores, e ajude-nos a plantar florestas saudáveis.

 

Como consignar o IRS à SPEA

 

Será também uma grande ajuda se passar esta informação aos seus amigos e conhecidos. Todos os contributos contam!