A Natureza e a crescente lista de stakeholders que apoiam a Lei de Restauro de Natureza podem respirar de alívio: a Comissão de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar (ENVI) do Parlamento Europeu rejeitou hoje tentativas de grupos conservadores e de direita de matar a proposta lei numa votação muito renhida.

 

Contudo, como resultado das políticas partidárias e das tentativas continuadas do Partido Popular Europeu (PPE) de minar a lei, nem todos os compromissos que tinham sido negociados foram apoiados, resultando em opiniões divididas em muitos pontos. A comissão eventualmente esgotou o tempo disponível, pelo que após a sessão de 3 horas a votação das alterações restantes e o relatório final foram adiados para 27 de junho.

 

O PPE tem estado a espalhar desinformação há meses e a usar manobras sem precedentes, substituindo os membros do grupo que se recusaram a seguir a linha partidária e rejeitar a proposta. O grupo até decidiu retirar-se das negociações, virando as costas a alterações que visavam dar apoio financeiro aos agricultores que introduzissem medidas de restauro de Natureza. Apesar destes passos atrás, outros grupos no Parlamento Europeu (Socialistas&Democratas, Os Verdes, a Esquerda e a maioria do RENEW) não vacilaram e votaram pelos cidadãos, agricultores, pescadores e empresas, todos eles ameaçados pelos impactos das alterações climáticas e da perda de biodiversidade.

 

“Hoje, apesar de uma enorme campanha de desinformação, um grupo forte de eurodeputados conseguiu bater-se pela Lei de Restauro de Natureza e pelo Pacto Ecológico Europeu, dando ouvidos aos factos apresentados por milhares de cientistas europeus. Os votos de hoje dão alguma esperança nos processos de tomada de decisão europeus, na democracia, e em salvar a Europa”, diz Domingos Leitão, Diretor Executivo da SPEA. “Agora resta-nos esperar que essa esperança seja justificada no dia 27.”

 

Peça aos eurodeputados para aprovarem esta lei crucial para o futuro da Europa:

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