Arranca hoje nas redes sociais das ONGAs que integram a plataforma C6 (ANP|WWF, FAPAS, GEOTA, LPN, Quercus e SPEA) uma campanha que lança perguntas inquietantes para reflexão e ação sobre o que a nova Política Agrícola Comum (PAC) deverá incluir na sua formulação.
Durante 5 dias (19, 20, 21, 24 e 25 de maio), as ONGAs colocam 5 questões à Ministra da Agricultura sobre a próxima PAC: em que medida esta promove a correta e justa utilização de dinheiros públicos, como deve contribuir para travar a perda de biodiversidade, como deve promover a alimentação responsável, como pode contribuir para combater as alterações climáticas e promover um melhor uso da água, e como pode garantir um futuro mais verde, justo e sustentável para todos os europeus.
Nos dias 25 e 26 de maio, decorrem os “Super-Trílogos”, reuniões entre o Conselho Europeu, o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia, para discussão dos três regulamentos que constituem a reforma da nova PAC. Nesta negociação, a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, sob a mão da Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, desempenha um papel fundamental na condução das negociações com o Parlamento Europeu.
As ONGAs da C6 pedem a correta aplicação dos dinheiros públicos, favorecendo a produção agrícola sustentável e as explorações agrícolas que promovem maiores valores de biodiversidade e das paisagens rurais. Acrescentam ainda que a nova PAC deve cumprir com as metas estabelecidas para o Acordo de Paris, apoiando uma agricultura que sequestra mais carbono e ajuda no combate às alterações climáticas e mais consciente no uso da água, e que não apoie novos projetos de regadio, que ameaçam os rios e ribeiras, bem como a natureza e as pessoas que delas dependem.
“A Política Agrícola Comum até hoje tem sido destrutiva para a natureza da qual todos dependemos. É urgente reverter esta tendência de degradação da nossa natureza, e Portugal está numa posição privilegiada para conduzir as negociações da nova PAC num melhor sentido. A PAC deve ir ao encontro das expetativas dos cidadãos europeus que querem a sua natureza de volta e uma melhor alimentação. A Ministra Maria do Céu Antunes pode neste momento fazer história, devolvendo a natureza a todos os europeus, a todos os portugueses”, diz Eduardo Santos da LPN, ONGA que atualmente coordena a C6.
A campanha é hoje lançada no Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn das 6 ONGAs integrantes da C6, e estará no ar até ao primeiro dia do super-trílogo. O objetivo é também a sensibilização dos portugueses para este importante momento, que, se bem aproveitado, poderá contribuir para travar e reverter a perda de natureza na Europa e a forma como serão cultivados os alimentos que os europeus irão consumir na próxima década.
Informações suplementares
A C6 é a Coligação das principais ONGA nacionais, criada em 2015 com o objetivo de atuar a uma única voz junto da sociedade civil e das instituições públicas e governamentais na defesa, proteção e valorização da Natureza e da Biodiversidade em Portugal.
Constituem a C6
ANP | WWF – Associação Natureza Portugal em associação com WWF
FAPAS – Associação Portuguesa para a Conservação da Biodiversidade
GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente
LPN – Liga para a Protecção da Natureza
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Ave
Contactos C6
SPEA – Domingos Leitão
Tel. 969562381
GEOTA – Helder Careto
Tel. 962602680
ANP|WWF – Ângela Morgado
Tel. 918428829
LPN – Eduardo Santos
Tel. 964119504
FAPAS – Nuno Gomes Oliveira
Tel. 917888272
Quercus – Sandra Pereira