BE, PEV, PAN, PSD e PS mostraram-se favoráveis a alterar a lei para que o fabrico, posse e venda de armadilhas para aves selvagens passe a ser proibido. A questão será agora debatida na especialidade na Comissão de Ambiente, que definirá propostas concretas para criação de novo decreto-lei ou alteração da legislação existente. Com a posição anunciada hoje, os deputados deram um passo importante para impedir a morte e captura ilegal de milhares de aves todos os anos no nosso país.

 

“É bom ver que a maioria dos deputados apoia a proibição das armadilhas, que o nosso esforço para informar os grupos parlamentares a este respeito deu frutos, e que estamos a um passo de tornar a lei mais eficaz, com resultados positivos para a biodiversidade”, diz Joaquim Teodósio, coordenador do nosso Departamento de Conservação Terrestre.

 

Em discussão na Assembleia da República, para além da nossa petição #ArmadilhasNÃO estiveram projetos de lei do PAN e do PEV, bem como projetos de resolução do BE e do PSD. Em causa está a proibição de armadilhas de mola (conhecidas como costelos ou esparrelas) e de visgo, usadas para capturar aves para consumo como petisco ou venda como animal de companhia. Estas armadilhas apanham indiscriminadamente qualquer ave que nelas caia. Proibir o seu fabrico, venda e posse virá tornar mais eficaz a lei, que atualmente apenas proíbe a morte e captura de aves selvagens mas não os meios que o permitem. Colmatar esta lacuna legal contribuirá para uma melhor proteção das aves selvagens.

 

“As poucas dúvidas levantadas por alguns deputados durante o debate podem ser facilmente resolvidas na discussão na especialidade na Comissão de Ambiente, pelo que esperamos que as lacunas da lei venham a ser colmatadas em breve e que assim se possa evitar a morte de milhares de aves selvagens todos os anos,” conclui Joaquim Teodósio.

 

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Petição #ArmadilhasNÃO

Armadilhas para aves podem ser proibidas esta semana

Projeto LIFE Nature Guardians