Áreas Importantes
Em Portugal existem 110 locais designados como Áreas Importantes para as Aves e Biodiversidade (IBAs). Se detetar alguma ameaça a uma destas áreas, contacte-nos.
Mapa
Página em atualização – veja as listas completas de IBAs Terrestres e Marinhas no menú “Publicações”
Costa Sudoeste
Este sítio abrange toda a faixa costeira atlântica entre S. Torpes e o Burgau. É composto por arribas, que alternam com zonas arenosas e dunas, havendo também ilhéus, rochedos e pequenos cursos de água. A costa sudoeste é importante para a nidificação do falcão-peregrino e como zona de passagem migratória de um grande número de aves planadoras e passeriformes. Refira-se também a nidificação de cegonha-branca em falésias e ilhéus rochosos, o que constitui caso único na Europa.
Código: PT031
Coordenadas geográficas: 37º22’N 08º50’W
Área: 74.562 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Portas de Ródão e Vale Mourão
Serra com escarpas quartzíferas de grandes dimensões, atravessada pelos rios Tejo e Ocreza em locais onde as águas escavaram vales profundos e escarpados de grande beleza. A vegetação é dominada por pinhais, matos mediterrânicos e hortas. A área de Portas de Ródão e Vale Mourão alberga a maior colónia de grifo situada exclusivamente em território nacional e também outras espécies rupícolas ameaçadas como a cegonha-preta e a águia-perdigueira.
Código: PT037
Coordenadas geográficas: 39º42’N 07º44’W
Área: 4.215 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Estuário do Mondego
Este sítio localiza-se na foz do rio Mondego e compreende a Ilha da Murraceira, os dois braços do rio e a zona adjacente do lado sul. O Estuário do Mondego compreende uma variedade de habitats, que incluem vasas entre-marés, sapais, caniçais, juncais, salinas, aquaculturas e arrozais. Durante o Inverno e as migrações o Estuário do Mondego tem um grande valor para aves limícolas, com relevância para o alfaiate, assim como para a águia-pesqueira. Quanto a aves nidificantes destacam-se o pernilongo e a garça-vermelha.
Código: PT039
Coordenadas geográficas: 40º08’ N, 8º50’ W
Área: 1.518 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Arraiolos
Esta é uma área dominada por montados de sobro e azinho, com relevos suaves. A zona é atravessada pela ribeira do Divor. Arraiolos é importante para a nidificação de diversas espécies de aves de rapina diurnas e nocturnas, bem como de garças e colhereiros. Suporta ainda uma boa diversidade de passeriformes.
Código: PT044
Coordenadas geográficas: 38º47’N 08º00’W
Área: 12.982 hectares
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Lagoa Pequena
A Lagoa Pequena faz parte de uma lagoa costeira importante na Península de Setúbal – a Lagoa de Albufeira. Inclui a lagoa mais pequena, mais interior, e uma extensa área palustre a montante. Este sítio é importante durante todo o ciclo anual para espécies de aves aquáticas, tanto como local de nidificação para a garça-vermelha e o garçote, como para um grande número de passeriformes durante a passagem outonal das suas migrações e para diversos anatídeos invernantes.
Código: PT040
Coordenadas geográficas: 38º31’N 09º09’W
Área: 68 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
São Pedro Sólis
Este sítio é composto essencialmente por pastagens permanentes, havendo também culturas cerealíferas e algumas manchas florestais. A zona é importante para a nidificação do sisão, que na Primavera está presente em densidades elevadas. Adicionalmente, regista-se a ocorrência da abetarda e do cortiçol-de-barriga-preta.
Código: PT094
Coordenadas geográficas: 37º 30′ N 07º 54′ W
Área: 14.314 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Cuba
Trata-se de uma área de planície no Baixo Alentejo, com culturas cerealíferas e algumas zonas de montado esparso. A área de Cuba é importante sobretudo para aves estepárias. Inclui cerca de 10% da população nacional de francelho e 5% da população de abetarda, durante a fase pós-nupcial. O alcaravão é frequente na área.
Código: PT026
Coordenadas geográficas: 38º06’N 07º53’W
Área: 5.049 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Cabo Espichel
Este sítio compreende uma faixa litoral de falésias rochosas, uma área terrestre de matos e campos abertos, e uma faixa de oceano. As falésias são altas e proporcionam bom habitat de nidificação para algumas espécies de aves. Este sítio é importante durante todo o ciclo anual para aves de rapina e para espécies de aves aquáticas, destacando-se o falcão-peregrino e o bufo-real.
Código: PT041
Lisboa: Sesimbra (Setúbal)
Coordenadas geográficas: 38º25’N 09º11’W
Área: 3.415 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Açude da Murta
Este é um pequeno açude, adjacente ao estuário do Sado, utilizado para irrigar os campos de arroz na margem sul do estuário. No interior do açude existe vegetação aquática abundante, nomeadamente salgueiros e caniço. A zona circundante é composta por dunas, plantadas com pinhal. Este sítio é importante especialmente pela colónia de garças. Adicionalmente, o local é frequentado por números significativos de patos invernantes e por passeriformes em passagem migratória.
Código: PT024
Coordenadas geográficas: 38º23’N 08º42’W
Área: 497 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Cabeção
O sítio do Cabeção é constituído sobretudo por montado de sobro, havendo também montados de azinho e áreas limpas de cultura arvense de sequeiro e de regadio e algumas zonas de matos. A área abrange ainda uma zona de planalto levemente ondulada, as albufeiras de Montargil e do Maranhão, pequenos açudes e algumas ribeiras. O sítio é importante pela abundância de aves de rapina nidificantes, contando-se 11 espécies diferentes de aves de presa, com densidades bastante elevadas.
Código: PT016
Coordenadas geográficas: 39º06’N 08º01’W
Área: 48.606 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serra da Estrela
A serra da Estrela, a maior elevação do território continental, é um maciço montanhoso predominantemente granítico. A paisagem é composta por bosques de folhosas e resinosas (muitos dos quais plantados), assim como vastas zonas de matos. O sítio é relevante pela população nidificante de sombria, sendo provavelmente o local mais importante do país para esta espécie. Ocorrem também populações relevantes de petinha-dos-campos, melro-das-rochas e melro-d’água.
Código: PT038
Coordenadas geográficas: 40º25’N 07º33’W
Área: 99.870 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
São Vicente
O sítio abrange uma área onde se pratica essencialmente a agricultura extensiva de cereais e o manuseamento do gado (sobretudo bovino). O local é prioritário para a conservação do sisão, tendo uma das maiores densidades de machos registada no país. Igualmente relevante é a colónia de francelho (ou peneireiro-das-torres). Ocasionalmente têm sido observadas abetardas neste local.
Código: PT093
Coordenadas geográficas: 38º 57′ N 07º 10’W
Área: 3.643 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serra de Monchique
Este sítio abrange uma área rica em habitats naturais, incluindo bosques formados por diversas espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas com estrutura complexa. O sítio é especialmente relevante pela ocorrência de aves de rapina diurnas e nocturnas, destacando-se a presença de águia-perdigueira (ou águia-de-bonelli), águia-cobreira e bufo-real. Há algumas décadas ocorriam igualmente a águia-real e a águia-imperial. O local é também importante para diversos passeriformes quer nidificantes, quer migradores de passagem ou invernantes.
Código: PT050
Coordenadas geográficas: 37º21’N 08º34’W
Área: 103.708 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Tejo Internacional
O sítio compreende os vales internacionais dos rios Tejo e Erges e dos seus afluentes em território português, que se caracterizam por encostas bastante inclinadas e escarpadas. No topo das encostas encontram-se zonas aplanadas, com montados de azinho, terrenos de cultivo, pastagens e matos. A área é importante para diversas espécies tipicamente rupícolas, destacando-se o maior efectivo populacional de cegonha-preta a nível das IBA nacionais, bem como números significativos de abutre-preto.
Código: PT013
Coordenadas geográficas: 39º43’N 07º15’W
Área: 25.764 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serra do Caldeirão
Esta serra, que separa o Alentejo do Algarve, é composta por extensos sobreirais, havendo também muitas encostas cobertas por matos. O sítio é importante para diversas aves de rapina diurnas, incluindo a águia-perdigueira (ou águia-de-bonelli) e a águia-cobreira. Refira-se também a ocorrência de bufo-real, que nidifica nesta zona. Em termos de passeriformes é de destacar a presença de cotovia-dos-bosques. Perto de Cortelha existe um aterro sanitário, que é usado por muitas cegonhas-brancas como local de alimentação.
Código: PT051
Coordenadas geográficas: 37º19’N 08º02’W
Área: 70.445 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Torre da Bolsa
Trata-se de uma área agrícola essencialmente aberta, mas com algumas manchas de olival. O sítio é de grande importância para a nidificação do sisão, que aqui ocorre em densidade elevada, assim como da abetarda, que tem nesta zona um dos poucos leques no norte alentejano. No Inverno destaca-se a ocorrência de dormitórios de peneireiro-cinzento e de francelho (ou peneireiro-das-torres).
Código: PT092
Coordenadas geográficas: 38º 51′ N 07º 08′ W
Área: 2.722 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Vilamoura
Este sítio fica localizado na margem esquerda do troço final da Ribeira de Quarteira. Compreende campos agrícolas de cereais e pomares de sequeiro, assim como zonas húmidas, nomeadamente caniçais e lagos artificiais. O local é importante para o camão (ou caimão), bem como para diversas espécies de garças, destacando-se a nidificação regular da garça-vermelha e do garçote. É também um dos poucos locais do país onde nidifica a pêrra (ou zarro-castanho).
Código: PT091
Coordenadas geográficas: 37º05’N 08º08’W
Área: 271 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ponta da Piedade
A Ponta da Piedade trata-se de uma zona litoral de falésias calcárias entre Burgau e Lagos, cortadas por praias de areias. Aqui existem também diversos ilhéus, ou leixões, a pouca distância da linha de costa. No local existe uma colónia de ardeídeos, que ocupa alguns ilhéus. Além disso, as falésias são importantes pela nidificação de falcão-peregrino, gralha-de-nuca-cinzenta e andorinhão-pálido.
Código: PT047
Coordenadas geográficas: 37º05’N 08º42’W
Área: 727 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Paul do Boquilobo
Paul com água doce, dominado por floresta aluvial e outra vegetação aquática emergente. As zonas periféricas são cultivadas, ao passo que o centro do paul permanece alagado durante a maior parte do tempo. O Paul do Boquilobo tem uma das maiores colónias de ardeídeos na Península Ibérica, bem como números interessantes de colhereiro, milhafre-preto e, em certos anos, gaivina-dos-pauis. No Inverno o local é importante a nível nacional pela quantidade de anatídeos.
Código: PT015
Coordenadas geográficas: 39º22’N 08º32’W
Área: 432 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Paul de Arzila
Este pequeno paul com água doce situado na margem esquerda do Rio Mondego tem um extenso caniçal com tabua, bunho, junção e caniço. É atravessado por três valas e encontra-se alagado durante quase todo o ano. Este sítio tem efectivos nidificantes relevantes de duas espécies de ardeídeos (o garçote e a garça-vermelha), tendo também importância para o milhafre-preto. Adicionalmente, é um local importante pela passagem outonal de passeriformes migradores transarianos.
Código: PT010
Coordenadas geográficas: 40º10’N 08º33’W
Área: 482 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Mourão, Moura e Barrancos
Este sítio apresenta um mosaico de habitats de zonas abertas com culturas de cereais não intensivas, pastagens permanentes e montados de azinho e de sobro. É realizado pastoreio, ovino e bovino, e existem propriedades relativamente pequenas com olivais e vinhas. O casario existente é disperso. Esta área é importante sobretudo para muitas aves estepárias e também para aves de rapina. Além disso, é o sítio mais importante para a invernada do grou em Portugal.
Código: PT027
Coordenadas geográficas: 38º08’N 07º10’W
Área: 80.564 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Luzianes
Luzianes situa-se ao longo da faixa serrana no interior do Alentejo litoral, na bacia hidrográfica do rio Mira. É uma área com características serranas, na transição entre a costa litoral alentejana e as planícies do interior, onde predominam o eucalipto e o sobreiro. A zona é particularmente importante para a nidificação da população do sudoeste serrano português de águia-perdigueira (ou águia-de-bonelli). Outras espécies presentes nesta zona são a águia-cobreira e o bufo-real.
Código: PT048
Coordenadas geográficas: 38º06’N 07º53’W
Área: 33.021 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Leixão da Gaivota
Leixão da Gaivota é um pequeno ilhéu rochoso localizado perto da costa, a cerca de 250 metros a sueste da ponta do Altar, junto à foz do Rio Arade. O ilhéu, ou leixão, tem margens escarpadas e um topo é relativamente plano, com algum mato. O sítio é ocupado por uma colónia nidificante de ardeídeos, sendo um dos locais mais importantes do Algarve para este efeito.
Código: PT032
Coordenadas geográficas: 37º06’N 08º30’W
Área: 0,16 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Lagoa dos Salgados
Esta é uma zona húmida de características palustres, formada por um corpo de água principal, situado na confluência de duas ribeiras, e por uma extensa área alagadiça que se projeta para noroeste. O sítio é de grande importância para a avifauna, tendo já sido registadas mais de 250 espécies diferentes na Lagoa dos Salgados e nas áreas circundantes. Destas, merecem destaque as aves aquáticas: diversas espécies de anatídeos, ardeídeos, ralídeos e limícolas.
Código: PT035
Coordenadas geográficas: 37º06’N 08º20’W
Área: 149 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Castro Verde
Este sítio, de grande dimensão, é usado principalmente para cultura cerealífera extensiva, em regime de rotação com pastoreio. Existem pequenos montados de azinho pouco densos e algum casario disperso. A área reveste-se de grande importância para aves estepárias nidificantes, com especial destaque para a abetarda e o francelho. Também alberga números muito relevantes de sisão e de cortiçol-de-barriga-preta. A zona é ainda importante para a nidificação da águia-imperial.
Código: PT029
Coordenadas geográficas: 37º45’N 08º00’W
Área: 79.066 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Cabrela
Cabrela é um sítio composto essencialmente por montados de sobro, de azinho ou mistos, havendo também galerias ripícolas e açudes com vegetação aquática e ribeirinha bem desenvolvida. Esta zona apresenta uma grande riqueza de espécies, incluindo diversos ardeídeos, aves de rapina diurnas e nocturnas e ainda aves estepárias, nomeadamente o sisão, que aqui ocorre em grande densidade durante o período reprodutor.
Código: PT043
Coordenadas geográficas: 38º29’N 08º22’W
Área: 56.554 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Reguengos de Monsaraz
Esta é uma área essencialmente aberta, usada para cultivo de cereais, vinha e olival. Dentro da IBA situa-se a Herdade do Esporão e as suas zonas húmidas, onde se inclui uma linha de água e um açude. Existem algumas manchas de povoamentos de montado de azinho, sobro e misto. Os pousios são usados para pastoreio, bovino e ovino.
O açude do Esporão é importante para diversas espécies de aves aquáticas, destacando-se o pato-de-bico-vermelho, o pernilongo, o tagaz (ou gaivina-de-bico-preto) e a frisada.
Código: PT046
Coordenadas geográficas: 38°21’N 7°30’W
Área: 8.500 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Lagoas de Santo André e da Sancha
Esta Área Importante para Aves e Biodiversidade (IBA) estende-se ao longo de uma faixa litoral e inclui duas lagoas costeiras e um sistema de pequenas lagoas de água doce formadas em depressões dunares, com manchas extensas de caniçais e juncais. É um local importante para diversos anatídeos, com destaque para o pato-de-bico-vermelho, assim como para a garça-vermelha, a chilreta (ou andorinha-do-mar-anã), o pernilongo e o camão (ou caimão). É também relevante como local de passagem de passeriformes migradores e limícolas.
Código: PT028
Coordenadas geográficas: 38º04’N 08º49’W
Área: 2.672 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Berlenga e Farilhões
Pequeno arquipélago, o único do género ao largo da costa continental portuguesa, sendo composto por três grupos de ilhéus: uma ilha principal (Berlenga Grande) e os ilhéus rochosos das Estelas e dos Farilhões. Aqui existe a única colónia de roque-de-castro (ou roquinho) da Europa continental. A Berlenga marca ainda o limite norte da distribuição da população nidificante de cagarra. Merece ainda destaque a nidificação do falcão-peregrino. No passado ocorria o airo mas esta espécie já não nidifica regularmente no local.
Código: PT014
Coordenadas geográficas: 39º27’N 09º31’W
Área: 9.560 ha (104 ha de área terrestre)
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Albufeira do Caia
Esta albufeira de grande dimensão (quase 2000 ha) encontra-se rodeada por montados de azinho, havendo igualmente alguns campos de cereais e pastagens. O local é de grande importância para a nidificação de aves aquáticas, destacando-se a perdiz-do-mar, a chilreta (ou andorinha-do-mar-anã), o pernilongo, o pato-de-bico-vermelho e o tagaz (ou gaivina-de-bico-preto). No Inverno o local atrai anatídeos, galeirões, mergulhões e gaivotas. As zonas envolventes albergam números importantes de sisão, alcaravão e grou.
Código: PT045
Coordenadas geográficas: 39º02’N 07º12’W
Área: 8.985 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Salinas de Alverca e do Forte da Casa
O sítio corresponde a dois complexos de salinas e a terrenos agrícolas de exploração extensiva, na margem direita do Estuário do Tejo. Este é um dos locais de nidificação mais importantes para as aves aquáticas no estuário, destacando-se o pernilongo com várias centenas de casais. Aqui nidificam igualmente o pato-de-bico-vermelho, o alfaiate e a perdiz-do-mar. O local atrai também um grande número de aves migradoras de passagem e invernantes.
Código: PT042
Coordenadas geográficas: 38º52’N 09º02’W
Área: 218 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Castro Marim
Este sítio importante para aves corresponde à margem direita do estuário do rio Guadiana. Compreende zonas de vasa, sapal, salinas e diversos terrenos agrícolas. Esta zona acolhe números significativos de aves aquáticas, quer nidificantes, quer migradoras e invernantes, das quais se destacam o flamingo, o alfaiate, o pernilongo e a perdiz-do-mar. Existem algumas espécies estepárias em áreas de sapal alterado, como são os casos do sisão e do alcaravão.
Código: PT034
Coordenadas geográficas: 37º12’N 07º26’W
Área: 2.147 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Rio Guadiana
Este sítio compreende os vales do rio Guadiana e de alguns dos seus afluentes, bem como as áreas circundantes, compostas por planícies ondulantes e elevações quartzíticas. Há também alguns montados de azinho. A área é particularmente importante para diversas aves de rapina, aves estepárias e algumas aves aquáticas. Merecem destaque o francelho (ou peneireiro-das-torres), a águia-cobreira, a abetarda e o cortiçol-de-barriga-preta. De realçar ainda as elevadas densidades verificadas de bufo-real.
Código: PT030
Coordenadas geográficas: 37º42’N 07º39’W
Área: 76.578 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Planície de Évora
Área agrícola aberta, usada essencialmente para cultivo extensivo de cereais, havendo igualmente pousios que são usados para pastoreio. Esta zona é importante para a invernada de grou, albergando também populações relevantes de aves estepárias, com destaque para a abetarda e o cortiçol-de-barriga-preta.
Código: PT025
Coordenadas geográficas: 38º29’N 07º53’W
Área: 53.134 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Estuário do Tejo
É o maior estuário de Portugal e uma das zonas húmidas mais importantes da Europa. O sítio alberga regularmente mais de 100.000 aves aquáticas invernantes e é o local mais importante do país para a invernada de patos, limícolas, flamingos e gaivotas. Existem também concentrações importantes de aves aquáticas nidificantes, bem como números significativos de aves de rapina. Toda a zona é também um importante local de paragem para aves migradoras.
Código: PT021
Coordenadas geográficas: 38º49’N 08º56’W
Área: 45.071 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Vila Fernando / Veiros
Esta zona é composta por planície aberta com algumas manchas de montado de azinho. O sítio é importante pelas suas populações de aves estepárias, em especial a abetarda e o sisão. Alberga também populações relevantes de diversas espécies de aves de rapina, assim como de alcaravão.
Código: PT020
Coordenadas geográficas: 38º55’N 07º23’W
Área: 7.487 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Monforte
Esta é uma área de planície aberta, onde existem também alguns montados de azinho e olivais. Apresenta grande importância para a conservação de diversas aves estepárias, quase todas com estatuto de conservação desfavorável, sendo de destacar a existência de populações importantes de sisão, assim como de águia-caçadeira (ou tartaranhão-caçador).
Código: PT018
Coordenadas geográficas: 39º04’N 07º30’W
Área: 1.593 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Alter do Chão
Na região de Alter do Chão existe uma área aberta de planície. Aqui predominam as culturas cerealíferas de trigo e pastagens, mas também há povoamentos esparsos de azinho. Esta é uma zona importante para a conservação de aves estepárias, nomeadamente o sisão, a abetarda e o alcaravão.
Código: PT017
Coordenadas geográficas: 39º10’N 07º40’W
Área: 1.317 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Paul do Taipal
Pequeno paul densamente coberto de vegetação aquática e que se encontra permanentemente alagado. O coberto vegetal é constituído por bunho e caniço, sendo o estrato arbóreo formado por salgueiros e amieiros. O paul apresenta diversas zonas de água livre, embora haja tendência para o aparecimento de caniço. Este sítio tem importância pela diversidade de aves aquáticas, sobretudo de patos invernantes. O paul é também bastante importante pela passagem outonal de passeriformes migradores.
Código: PT009
Coordenadas geográficas: 40º11’N 08º41’W
Área: 233 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serra da Malcata
A Serra da Malcata é importante para aves de rapina nidificantes, sendo um dos poucos sítios do nosso país onde já se verificou a nidificação de abutre-preto. Este local é ainda interessante nele ocorrer uma comunidade de passeriformes de sistemas mediterrânicos, como o chasco-ruivo, a toutinegra-tomilheira, a toutinegra-dos-valados, a toutinegra-do-mato e a toutinegra-de-bigodes.
Código IBA: PT008
Coordenadas geográficas: 40º15’N 07º02’W
Área: 16.361 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ria de Aveiro
Uma das zonas húmidas mais extensas de Portugal, esta área é importante para muitas espécies de aves aquáticas. A Ria de Aveiro tem regularmente mais de 20.000 aves aquáticas invernantes, destacando-se a presença de grandes números de aves limícolas, especialmente o pilrito-de-peito-preto e o borrelho-de-coleira-interrompida. Na zona marinha registam-se por vezes grandes números de negrola.
Código IBA: PT007
Coordenadas geográficas: 40º42’N 08º40’W
Área: 51.378 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Vale do Côa
No Vale do Côa nidifica um dos núcleos mais importantes de britangos do nosso país. Também a águia-real e a águia-perdigueira nidificam aqui em números consideráveis, e o chasco-preto é frequente nas zonas mais áridas desta área. Os vastos matos desta região albergam ainda grandes números de passeriformes como a toutinegra-tomilheira, a toutinegra-de-bigodes ou a toutinegra-dos-valados.
Código IBA: PT006
Coordenadas geográficas: 40º53’N 07º04’W
Área: 23.727 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serras do Alvão e Marão
As serras do Alvão e do Marão albergam aves de rapina de grande interesse. Estas serras são, por exemplo, importantes para a conservação da águia-real, por albergarem um casal isolado que se tem mantido estável, reproduzindo-se regularmente. Nesta área existe também um núcleo residente de gralha-de-bico-vermelho, a que no inverno se juntam outras aves da espécie que aqui vêm alimentar-se. Já foram registadas 146 espécies de aves diferentes nesta área, que é também importante para os passeriformes migradores transarianos.
Código IBA: PT049
Coordenadas geográficas: 41º21’N 07º49’W
Área: 58.788 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Sabôr e Maçãs
As fragas rochosas dos vales do rio Sabôr e dos seus afluentes (Maçãs e Angueira) são particularmente importantes para as aves rupícolas como a cegonha-preta, o britango ou o melro-azul, que nidificam nas escarpas. Com os densos bosques e matagais de vegetação autóctone nas suas encostas, o Sabôr é o mais selvagem e melhor preservado dos afluentes do rio Douro em Portugal.
Código IBA: PT004
Coordenadas geográficas: 41º31’N 06º39’W
Área: 50.674 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ria Formosa
Na Ria Formosa encontram-se definidas duas áreas importantes para as aves e a biodiversidade (IBAs): uma marinha e uma terrestre. Esta área integra as principais áreas de alimentação da chilreta, nas zonas marinhas adjacentes ao sistema de ilhas-barreira da Ria Formosa, que apresenta características únicas a nível mundial. É também utilizada pela gaivota-de-audouin, sendo um dos dois locais do país onde esta espécie ameaçada nidifica. A zona costeira é, aliás, extremamente importante para aves aquáticas que nidificam nas dunas, como o borrelho-de-coleira-interrompida e a chilreta. É também crucial para as limícolas e os patos invernantes: alberga regularmente mais de 20 000 aves aquáticas durante a época de invernada. As áreas de caniçal dentro da IBA são importantes para a passagem de passeriformes migradores durante a
migração outonal.
Código IBA: PTM04 | PT033
Coordenadas geográficas: 37º00’N 07º46’W | 37º01’N 07º49’W
Área: 199km² | 23.296 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Peneda Gerês
As serras da Peneda e do Gerês são o principal local de ocorrência, em Portugal, da sombria e do picanço-de-dorso-ruivo. Este último é uma de várias espécies que aqui têm o seu limite de distribuição Sudoeste na Europa, como o cartaxo-nortenho.
Código IBA: PT002
Coordenadas geográficas: 41º52’N 08º08’W
Área: 62.922 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Serras de Montesinho e Nogueira
As serras de Montesinho e da Nogueira albergam uma grande variedade de aves: pelo menos 126 espécies já foram aqui registadas. Estas serras são especialmente importantes para aves de habitats de montanha, e têm também populações importantes de aves de rapina como a águia-cobreira, a águia-perdigueira (ou águia-de-bonelli) e a águia-caçadeira (tartaranhão-caçador).
Código IBA: PT003
Coordenadas geográficas: 41º51’N 06º52’W
Área: 108.094 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Estuário do Minho e Coura
O estuário dos rios Minho e Coura é dos poucos locais no norte do país onde ocorrem a águia-sapeira, o garçote e a garça-vermelha. As áreas de caniçal na confluência destes dois rios e as manchas de floresta aluvial são locais importantes para os passeriformes migradores como a cigarrinha-ruiva, que também nidifica na área. Durante o inverno, também aves aquáticas migradoras como a negrinha e o corvo-marinho ocorrem aqui em números consideráveis.
Código IBA: PT001
Coordenadas geográficas: 41º55’N 08º47’W
Área: 3.393 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Estuário do Sado
O Estuário do Sado é um importante refúgio para aves aquáticas. Mais de 20 mil aves, sobretudo limícolas, passam aqui o inverno. Inúmeras garças-vermelhas, pernilongos e chilretas nidificam nesta área. Os arrozais em redor do estuário são áreas importantes para a alimentação de garças da colónia do Açude da Murta, enquanto os montados de sobro chegam a albergar 500 mil pombos-torcazes no inverno.
Código IBA: PT023
Coordenadas geográficas: 38º27’N 08º43’W
Área: 24.632 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Barrinha de Esmoriz (ou Lagoa de Paramos)
A Barrinha de Esmoriz (ou Lagoa de Paramos) é a zona húmida mais significativa no litoral Norte de Portugal. Este é um local importante para o garçote, a garça-vermelha, a águia-sapeira, o pernilongo e o pisco-de-peito-azul. Este local é muito importante, sobretudo no outono, para passeriformes migradores transarianos como a felosa-musical e a felosa-ibérica, e aqui nidificam o borrelho-de-coleira-interrompida, o rouxinol-grande-dos-caniços e o rouxinol-dos-caniços.
Código IBA: PT036
Coordenadas geográficas: 40º58’N, 08º38’W
Área: 396 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Campo Maior
Esta é uma área importante para muitas aves estepárias, como a abetarda, que aqui nidifica, e para aves de rapina. Campo Maior é ainda um dos principais locais de invernada do grou em Portugal.
Código IBA: PT019
Coordenadas geográficas: 38º59’N 07º00’W
Área: 9.575 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Douro Internacional e Vale do Águeda
As fragas rochosas do Douro Internacional e do Vale do Águeda constituem um habitat de nidificação excepcional para aves de rapina (como a águia-perdigueira e o britango) e outras aves planadoras (como a cegonha-preta), algumas das quais encontram alimento nos campos agrícolas do planalto envolvente. A região é também importante para aves características de matos mediterrânicos e para aves estepárias.
Código IBA: PT005
Coordenadas geográficas: 41º05’N 06º45’W
Área: 50.744 ha
Ficheiro Shape das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Ficheiro Google Earth das IBAs Terrestres de Portugal Continental
Para saber mais sobre uma área, clique no ponto azul no mapa.