Em Portugal, estamos perante uma avalanche de atentados ambientais, em que o lucro imediato é mais valorizado do que a sobrevivência a longo-prazo. Mega-empreendimentos hoteleiros, aeroportos, abates desenfreados… parece que vale tudo em zonas supostamente protegidas. Quando as autoridades fecham os olhos, temos de ser nós a lutar contra estes crimes.
Na SPEA, acreditamos que é possível ter turismo sem resorts megalómanos. É possível viajar sem matar milhares de aves. É possível ter progresso sem comprometer o futuro. Mas só se lutarmos por isso.
Já angariámos mais de 15 mil euros para defender a Natureza. Infelizmente, esta luta não tem fim à vista, portanto todos os donativos continuam a ser preciosos para podermos combater os próximos atentados.
As lutas que estará a apoiar
Neste momento, a SPEA tem 5 casos em tribunal a contestar empreendimentos que infringem a lei, ameaçam a Natureza e põem em risco a nossa resiliência às alterações climáticas: o proposto aeroporto do Montijo, o mega-empreendimento hoteleiro da Praia Grande de Silves em cima da lagoa dos Salgados, o atentado à Laurissilva nas Ginjas (Madeira), a barragem do Pisão (e consequente destruição de 38 mil azinheiras e sobreiros e aceleração da desertificação do Alentejo), e a construção de passadiços em cima de ninhos de aves, no Paul do Taipal. Apresentámos ainda 2 queixas à Comissão Europeia, por incumprimento da legislação comunitária: o abate ao pombo-da-madeira, espécie protegida que não existe em mais nenhum lugar do mundo; e a degradação das estepes alentejanas, paisagens típicas do nosso país e cruciais para a sobrevivência do sisão, da abetarda e do tartaranhão-caçador.
Vamos precisar de maior capacidade humana e financeira para combater estes atentados ambientais. Vamos precisar da ajuda de todos, e toda a ajuda é preciosa e urgente.
Em breve teremos em mãos ainda mais lutas. Neste momento existem dois projetos turísticos para o estuário do Tejo, 50 mil hectares de regadio projetados para assolar o Alto Alentejo, e inúmeros parques fotovoltaicos em terra e parques eólicos no mar. Muitos destes projetos, se avançarem, terão graves impactos em espécies de aves muito ameaçadas, como as limícolas migradoras de longa distância, as aves estepárias ou as aves marinhas.
Dê-nos a capacidade de lutar pela Natureza.