Estas espécies fazem parte da mesa dos portugueses. Com o projeto Anzol+, queremos garantir a sua qualidade, respeitando critérios de sustentabilidade ambiental, económica e social.
Ao longo da sua área de distribuição estas espécies são alvo de pesca comercial, como redes de emalhar e arrasto. A sua continuidade depende de uma pescaria sustentável recorrendo a artes de pesca mais seletivas: a cana e o palangre, que permitem manter o peixe mais intacto contribuindo diretamente para a valorização das espécies.
Robalo
Dicentrarchus labrax

Robalo, o rei da nossa costa
Com o corpo alongado de cor cinzento-prateado, é considerado por muitos o rei da nossa costa.
Sendo uma espécie de águas pouco profundas (até aos 100 m), é muito frequente ao longo da costa portuguesa. É um predador voraz: ágil e rápido, caça pequenos peixes, crustáceos e invertebrados. O robalo é resistente a amplas variações de temperatura e salinidade, e reproduz-se entre janeiro e abril.
Todas estas características tornam-no um peixe de excelência, sendo a sua carne utilizada nas mais variadas iguarias.
A pesca desta espécie é encarada com paixão e entusiasmo tornando-se muitas vezes a sua captura um verdadeiro desafio.
Tamanho mínimo de captura
36cm
Peixe-galo
Zeus faber

Peixe-galo, um desafio para os pescadores
A sua barbatana dorsal com espinhos fortes, que lembra a crista de um galo, tem uma mancha negra característica. De corpo arredondado e achatado, o peixe-galo é um predador solitário e mais passivo, quando comparado com o robalo, encontrando-se a grandes profundidades (até aos 400 m). Reproduz-se no fim do inverno e início da primavera.
É um peixe muito apreciado pelo sabor da sua carne branca consistente e delicada.
A sua pesca é encarada com paixão e grande paciência, tornando-se muitas vezes um verdadeiro desafio encontrá-los.
Tamanho mínimo de captura
Sem tamanho mínimo definido.
Dourada
Sparus aurata

Dourada, uma autêntica iguaria
Com o corpo oval de cor cinzento-prata, a dourada deve o seu nome à faixa de cor dourada que apresenta na cabeça, entre os olhos. A dourada é sem dúvida a rainha da família Sparidae devido à sua carne tão saborosa e apreciada por todos, uma autêntica iguaria. Nasce como macho e quando atinge os 30cm muda de sexo para desovar. Alimenta-se principalmente de moluscos bivalves, crustáceos e pequenos peixes. O seu comportamento é sedentário podendo ser solitária ou frequentar pequenos grupos em pradarias de ervas marinhas ou fundos arenosos, bem como em zonas de rebentação.
A sua captura é prazerosa sendo caracterizada especialmente pelas suas enérgicas arrancadas e cabeçadas inconfundíveis.
Tamanho mínimo de captura
19cm
Sargo-legítimo
Diplodus sargus

Sargo-legítimo, uma luta viciante
O sargo é uma espécie muito apreciada na gastronomia. De corpo oval e prateado com uma mancha negra característica junto à barbatana caudal, esta uma espécie costeira habita áreas rochosas e alimenta-se principalmente de moluscos, crustáceos, ouriços-do-mar e até de algas. Como outros sparídeos, é muito ativo e frequenta a zona da rebentação ao alvorecer. A sua dieta variada faz de si uma espécie bastante procurada para consumo.
A sua pesca é perigosa devido à sua localização junto às rochas, estando muitas vezes à mercê do mar. Mas essa adrenalina cativa pelo grau de dificuldade: a luta com estes peixes é viciante.
Tamanho mínimo de captura
15 cm
Safio
Conger conger

Safio
Também conhecido como congro quando atinge maior tamanho, tem um corpo longo, esguio e cilíndrico. A sua carne é branca, muito fina e extremamente saborosa, fazendo as delícias de qualquer apreciador de peixe. O safio habita as águas junto ao fundo arenoso ou rochoso, vivendo a grandes profundidades. Reproduz-se apenas uma vez na vida, pelo que as suas populações não recuperam facilmente. A sua alimentação é à base de crustáceos, peixes e cefalópodes, caçando-os de noite.
Durante o dia encontra-se maioritariamente recolhido na sua toca.
É pescado sobretudo à noite, recorrendo à arte de palangre de fundo.
Tamanho mínimo de captura
58cm
Corvina
Argyrosomus regius

Corvina
Com um corpo alongado que pode atingir grandes dimensões, a corvina é mais uma espécie familiar para a maioria dos consumidores portugueses. Os adultos habitam águas costeiras e da plataforma, junto ao fundo, a meia água ou mais à superfície. Reunem-se na costa para desovar durante a primavera e o verão. A sua dieta é constituída fundamentalmente por peixes e crustáceos. É considerada um “peixe branco” de carne firme, saborosa e adaptável às mais variadas receitas.
A sua pesca é cativante devido ao seu tamanho e à luta que desencadeiam: quando sentem o anzol têm tendência a afundar, não se cansando facilmente.
Tamanho mínimo de captura
42cm