Num estacionamento delapidado
Onde em tempos um bosque se erguia
Uma criança imaginava-se a andar
por essa verde calmaria
Mas as cidades de cimento assombradoras
Desenfreadamente expandiam
Enquanto os nossos bulldozers e escavadoras
A Natureza demoliam
As secas e inundações tornaram-se frequentes
E as cidades começaram a afundar-se
Todos os anos, a terra ficava mais quente
E as colheitas cada vez mais a esgotar-se
Algo estava a faltar
O mundo parecia oprimido
A Natureza estava-se a apagar
E o seu encanto
Esquecido
Mas ali, naquele pavimento,
Por uma racha a espreitar
Via-se um intenso brilho verde
Uma planta a desabrochar
Depois ouviram o cantar
De aves no céu
E olhrama mesmo a tempo
De ver um bando a passar
E, de repente,
Perante o olhar da criança
O mundo entrou em mudança,
Tornando-se mágico e selvagem!
Os rios fluíram azuis,
As plantas despontaram e cresceram
O ar tornou-se mais puro
E mais bichos apareceram
Agarrando uma mão
A criança a pontava para as árvores
E para as flores em expansão
Com o zumbido das abelhas
Sorriram e riram
Com as vistas e sons,
Com os encantos e os tons,
Todas as maravilhas da Natureza
As pessoas tiveram de lutar muito
Para trazer tudo isto de volta
Agora há menos inundações,
Mais alimento,
E mais carbono a ser capturado.
Quando as plantas e os animais
Proliferam e dispersam
O mundo fica mais saudável
E muito mais sustentável
Mas para este sonho concretizar
Temos um longo caminho concerteza
Este é o nosso momento
Vamos restaurar o brilho da Natureza.