No passado dia 14 de dezembro, juntámo-nos a mais de 150 Organizações Não-Governamentais de Ambiente europeias para recomendar uma maior ambição na nova Lei de Restauro da Natureza da União Europeia, que se encontra na fase final de preparação pela Comissão Europeia. Numa carta aberta ao Vice-Presidente Executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e ao Comissário europeu do Ambiente, Viginijus Sinkevičius, e representando milhares de cidadãos europeus, recomendamos que seja estabelecida uma meta mínima de restaurar 15% da área terrestre, marinha e dos rios da UE até 2030.

 

Restaurar 15% da área terrestre, marinha e dos rios da UE significa recuperar 650 000 km2 em terra, 1 000 000 km2 no mar e 178 000 km de rios, trazendo a natureza de volta a habitats e ecossistemas degradados pela ação humana.

 

Esta abordagem já deu provas de sucesso, existindo bons exemplos no nosso país, como vários dos nossos projetos. Nas Berlengas, a remoção de espécies invasoras fez com que o arquipélago voltasse a ser um refúgio para aves marinhas. Nos Açores, a recuperação da floresta Laurissilva e de ecossistemas naturais como as turfeiras permitiu salvar o priolo e aumentar a resiliência  às alterações climáticas. Também na Madeira, os trabalhos para restaurar a floresta Laurissilva têm sido exemplo de sucesso, recuperando o património natural do arquipélago para benefício das aves e das pessoas.

 

“Para esta lei ser eficaz, tem forçosamente de ser ambiciosa: preservar o pouco que nos resta não chega, temos de trazer a Natureza de volta à Europa,” diz o nosso Diretor Executivo, Domingos Leitão.

 

 

 

Saiba mais

Comunicado de Imprensa – Trazer a Natureza de volta: mais de 150 organizações de ambiente pedem ambição à UE

Carta aberta: nova lei europeia de restauro da natureza (em inglês)