Encontrou uma cria no chão e tem a sensação que ela corre perigo. Este é um cenário que nos chega regularmente. Mas ao tentar ajudar, poderá estar a pô-la em perigo. Em algumas espécies (p.ex. melro, pisco, coruja-do-mato) é normal as crias saírem do ninho antes de conseguirem voar, e os seus progenitores continuarem a cuidar delas, mesmo que estejam no chão.
Se a cria já tiver penas
Primeiro que tudo, verifique se a cria já tem algumas penas formadas. Este é um importante indicador de que a cria terá saído do ninho por iniciativa própria e, mesmo que não o tenha feito, estará em condições de sobreviver com o auxílio dos progenitores. Nestes casos, se vir o ninho nas proximidades, deixe a cria onde a encontrou, ou num local perto que seja alto e seguro, já que os pais irão certamente ouvi-la e acabarão por ir buscá-la ou alimentá-la assim que sentirem que é seguro fazê-lo.
Se a cria estiver ferida ou em perigo iminente
Se verificar que a cria fica por muito tempo sem ser alimentada, apresenta sinais notórios de debilidade ou lesões; se não conseguir localizar o ninho, se passar muito tempo sem que os progenitores venham cuidar dela, ou se se tratar de um local de grande movimento onde a cria esteja em risco, contacte o Centro de Recuperação mais próximo:
- Portugal Continental – Centros de recuperação
- Madeira – Rede SOS Vida Selvagem
- Açores – Linha SOS Ambiente: 800 292 800
- São Miguel – Centro de Reabilitação de Aves Selvagens
É ilegal manter a cria em cativeiro
Nunca mantenha uma ave em cativeiro; a posse de aves selvagens é punível por lei.