Para a nossa população de águias ser saudável, é importante que tenha alimento disponível. Como parte do nosso trabalho para o garantir, procuramos estreitar relações com as associações de caçadores, que gerem populações de perdiz-vermelha e de coelho-bravo que são as principais presas da águia-de-bonelli.

 

Nesse âmbito, já reunimos com 10 Associações de Caçadores que gerem 13 Zonas de Caça Associativa e Municipal, distribuídas pelos territórios das águias na área do projeto. Para além de nos permitirem caracterizar a atividade cinegética na área do projeto, estas reuniões permitem-nos conhecer as medidas de gestão de habitat que que as associações implementam para aumentar as populações de coelho-bravo e de perdiz-vermelha, e identificar as que têm tido melhores (e piores) resultados – informação que podemos partilhar com outras associações de caçadores, para benefício de todos, incluindo as águias.

 

Nestes encontros damos a conhecer o projeto de uma forma mais próxima, esclarecendo dúvidas sobre a biologia e conservação da águia-de-bonelli, e partilhando as medidas de gestão de habitat que estamos a testar na Zona de Caça da Terrugem (em colaboração com a Associação de Caçadores da Terrugem) e na Companhia das Lezírias (parceiro do projeto).

 

Estas reuniões são também uma oportunidade para discutir algumas práticas comuns entre associações que podem causar problemas nas populações de coelho, como por exemplo a aquisição em Espanha de coelhos-bravos para repovoamentos, que são de uma subespécie diferente da que existe em Portugal.

Acima de tudo, estabelecemos uma relação de diálogo, procurando perceber os desafios das associações na gestão da caça e encontrar formas de continuar a trabalhar em conjunto para obter os melhores resultados.

 

Para apoiar as associações de caçadores, disponibilizamos-lhes o nosso folheto de Boas práticas para o aumento das populações de coelho-bravo e perdiz-vermelha.