O orçamento do Fundo Ambiental para 2022, criado pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática, totaliza 1.125 milhões de euros e é, segundo o Ministério, “o maior de sempre”.
Contudo, e apesar de em concordância com as restantes ONGAs da Coligação C6 considerarmos que este é sem dúvida o orçamento ‘mais escandaloso de sempre’, este Fundo apoia todos os setores menos a Natureza: realça-se a falta de investimento no restauro ecológico e em projetos de conservação da natureza e da biodiversidade de qualidade, muitos dos quais com o crivo da União Europeia, e que as ONGAs têm vindo a executar, na ausência de concretização pelo próprio Estado.
Existem apoios diretos, sem qualquer concurso, de milhões para institutos públicos, universidades e empresas públicas, o que numa sociedade democrática onde a transparência deve ser um valor absoluto nos surpreende pela negativa.
Consideramos “bizarro ter um Fundo dito Ambiental a apoiar cegamente táxis devido às subidas de preços de combustíveis fósseis sem qualquer condição de transição ambiental, quando devíamos estar precisamente a desincentivar o uso de transporte individual privado nos grandes centros urbanos.”
Na Europa, 63% das espécies e 81 % dos habitats protegidos estão em mau estado de conservação e Portugal, infelizmente, não investe o suficiente para reverter esta realidade; com um orçamento destes o cenário é preocupante; perde a Natureza e perdem as Pessoas.
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Comunicado de Imprensa: Fundo Ambiental investe em todos os setores menos na conservação da natureza e biodiversidade